CNA e federações discutem ações de biossegurança contra gripe aviária

Comissão Nacional de Aves e Suínos abordou atuação e ouviu especialista sobre o tema
Brasília (23/05/2025) – A Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu para discutir com as federações estaduais de agricultura e pecuária as ações de enfrentamento da gripe aviária.
A pauta foi tema da reunião extraordinária da comissão, na quinta (22), em razão da confirmação de um caso de gripe aviária no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
"O diálogo com os estados é importante para trabalharmos da melhor forma o atendimento ao produtor rural nessa questão", afirmou o presidente da Comissão, Adroaldo Hofmann.
O assessor técnico, Rafael Filho, fez uma apresentação em que ressaltou que não há restrição ao consumo da carne e ovos produzidos no Brasil. Ele argumentou que as ações para conter a doença estão sendo feitas de forma correta e ágeis, assim como a comunicação com a sociedade e a articulação com o mercado internacional.
Para tirar dúvidas sobre a doença, a comissão convidou a médica veterinária e professora da Universidade de São Paulo, Masaio Mizuno Ishizuka. Ela explicou que o vírus surgiu no mundo em 2006 e apenas em 2023 apareceu no Brasil, mas em aves silvestres pela rota migratória do Atlântico.
A especialista destacou a importância do aprimoramento das medidas de biosseguridade no país, mas reforçou que o Brasil é um exemplo a ser seguido pelo mundo.
O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, afirmou que o Ministério da Agricultura seguiu rigorosamente os procedimentos sanitários recomendados pela Organização Mundial da Saúde Animal, agindo rápido e dando total transparência ao caso. Lucchi reforçou ainda o trabalho de excelência feito pelo setor produtivo no que se refere à biossegurança das granjas.
“Não existe avicultura no mundo mais moderna do que a brasileira. Exportamos para mais de 150 países e a carne de frango brasileira está em primeiro lugar nas exportações há vários anos. Com isso nós provamos que temos competência e que o Brasil é referência.”
Para esclarecer o caso, a CNA divulgou comunicado técnico com as informações sobre a influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) e um vídeo reforçando a biossegurança nas granjas comerciais.
Ao final da reunião, a confederação informou aos membros que seguirá em tratativas com o Mapa e a indústria para reforçar as medidas preventivas para que a cadeia produtiva retorne à normalidade.